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A mostrar mensagens de agosto, 2019

VI - Quando chegar o momento...

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Mais uma vez volto a escrever! Mais uma carta no meio de tantas outras cartas... Mais um desabafo no meio de tantos desabafos. Mais um passar para o papel o que me vai na alma que, neste momento, se sente tão só e tão distante de sorrisos e folias de carnaval que vão passando aqui pela rua onde moro. Sinto saudades... Saudades que tu nem ninguém conseguem imaginar, dos momentos, dos abraços, da voz que fica para sempre na minha memória... Porque estou eu aqui? Porque não estás tu aqui, junto de mim? A culpa, é minha, sim é minha, por não conseguir ultrapassar o passado que continua tão presente no meu coração... O meu coração continua a chamar por ti, mas o meu medo é maior... Uma vez lí que o medo destroi, e sim é verdade, este medo está a destruir-me cada vez mais... Sei que estás aí, continuas aí, esperando talvez que eu consiga ultrapassar isto tudo e volte a sorrir para ti e a abraçar-te num abraço repleto de lágrimas de felicidade, pelo que perdemos, pelo que vivemos e pelo q...

V - Volto a ti...

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Olá, Hoje decidi voltar a escrever-me. Sim, escrever-me... Apesar de ser a pensar em ti, esta carta fica tal como as outras comigo... Sem envelope, sem selo... Faz muito tempo que não escrevo, nunca foi porque te esqueci, apenas fiquei neste silêncio após aquela que acreditava ser a minha última carta, e que até na mesma o referi. No entanto não consigo. Não consigo deixar de escrever, não consigo deixar de pensar, não consigo deixar de recordar uma história, a nossa história. Neste silêncio que me rodeia, volto ás palavras que me deixam um pouco mais calmo e que me fazem sentir que ainda aqui estás, a olhar para mim, a tentar cuidar de mim do teu jeito, que eu tanta vez desaprovei... Nesta solidão ouço os carros que vão passando na rua por baixo da janela desta sala vazia, em que apenas a luz do candeeiro a ilumina... Pois, a tua luz já se foi... Ou até talvez não... Não sei, não sei nada neste momento... E é o não saber nada que me assusta, pois já nem sei o que existe dentro deste...

IV - Onde me perdi

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Mais uma vez escrevo... Escrevo talvez por não conseguir dizer de outra forma o que me vai na alma, no coração, no pensamento. Escrevo estas que poderão ser as minhas últimas palavras. Talvez no papel elas se tornem eternas e nem o tempo permita que elas caiam no esquecimento de quem as lê, e sintam um pouco do que estou a sentir, consigam perceber o que está no mais profundo da minha alma. Não está a ser fácil ultrapassar tudo... Dói, talvez como nunca... Dói, por que sinto o teu respirar ao meu ouvido quando me deito, dói, talvez, porque acordo com o teu sorriso distante. Nada é fácil, e na vida temos que ultrapassar tudo. Pelo menos, tentamos... Tentamos viver com um passado que teima em ficar e com as recordações que nem a noite mais tempestuosa consegue apagar. De olhos no presente e com a ideia que o futuro está tão distante vivemos como sabemos, como fomos ensinados a viver... Vivemos como se o dia não fosse terminar, mas a noite acaba sempre por chegar e com ela a neblina q...

III - O Rio que nos Separa

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Uma vez mais o tempo não consegue apagar a solidão em que se encontra o meu ser, a minha essência de vida, a minha alma, o meu coração. Apesar de tempo que passou, que irá ser sempre pouco, o meu coração continua a chamar por ti, por nós, por aquelas noites mais frias em que um simples abraço, um simples sorriso aquecia todo o quarto, toda a casa, toda a minha vida. O teu respirar que me fazia respirar, que me fazia viver, e que por mais anos que passem irei continuar a ouvir no mais barulhento dos ambientes, na mais agitada cidade que possa existir. Porquê? Porque é que todas as noites vens? Porque é que todas as noites te sinto nesta casa vazia, nesta vida agora sem ti? Afinal o que nos separou? A nossa teimosia, os nossos medos, ou foi o rio nos separou? Esta é uma pergunta que todas as noites faço nesta cama vazia que chama por ti... E quando me levanto olho para a janela e vejo o rio, lembro-me que tudo poderia ser diferente. Porquê? Porquê este destino para o nosso amo...